Diferenças biológicas entre a sexualidade masculina e a feminina

Homens e mulheres têm necessidades sexuais em intensidades diferentes. E a razão disso não se encontra apenas em fatores sociais, mas também biológicos. A região do cérebro responsável pelos estímulos sexuais é o hipotálamo, o qual controla também as emoções, as batidas do coração e a pressão sanguínea. É no hipotálamo que alguns hormônios, tais como a testosterona, estimulam o desejo por sexo. Além de os homens terem entre 10 e 20 vezes mais testosterona que as mulheres, seu hipotálamo também é maior, o que explicaria por que eles, além de serem mais agressivos, estão praticamente prontos para o sexo a qualquer momento, o que não é o caso com as mulheres.

Tal característica masculina teve sua utilidade evolutiva. Era importante para nossos antepassados serem capazes de fazer sexo em qualquer situação, mesmo sob perigo, e também espalhar seu sêmen o máximo possível para assegurar a reprodução da espécie. Aqueles que conseguiam ejacular de maneira mais rápida e em qualquer situação se reproduziam mais, de tal modo que o que chamados hoje de ejaculação precoce, longe de ser um problema, era uma vantagem.

Faria sentido, no entanto, que as mulheres, a partir dessa mesma perspectiva evolucionista, também fossem algo como"ninfomaníacas", dispostas a fazer sexo a qualquer momento. Por que não o são? Um dos motivos é que, além de ter uma menor quantidade de testosterona e um hipotálamo menor, a mulher ainda passa boa parte de seu período de gravidez com restrições em suas atividades físicas. Outra razão é o tempo que suas crias levam para serem capazes de se defenderem e alimentarem sozinhas. Em espécies como os coelhos, por exemplo, a gestação dura apenas seis semanas, e os filhotes são capazes de se alimentarem sozinhos, correrem e se esconderem em apenas duas. Não há necessidade de um papai coelho por perto para defendê-los ou alimentá-los. Um filhote de elefante é capaz de correr com a manada pouco tempo após seu nascimento, e nosso parente próximo, o chimpanzé, é capaz de sobreviver se ficar órfão aos seis meses de vida. Com os seres humanos, tais habilidades levam cerca de cinco anos para serem desenvolvidas, de modo que uma preocupação acentuada apenas na geração de filhos, dissociada de sua manutenção, não seria capaz de assegurar a continuação da espécie.


Os impulsos sexuais de homens e mulheres variam não apenas quando comparados entre si, mas também no período da vida de cada um analisado separadamente, como mostra o gráfico acima. O único período da vida em que homens e mulheres possuem o mesmo nível de desejo sexual é por volta dos 35-36 anos de idade. Mas isso não significa que homens e mulheres nessa idade busquem parceiros da mesma faixa etária. A mulher, por exemplo, pelo fato de estar em seu pico sexual nessa idade, encontra nos jovens de 19-20 anos um perfil mais compatível com o momento em que vive. Esta é a razão do fenômeno "mulher-mais-velha\garotão" nesta idade. Já o homem, quando está por volta dos 40 anos, tem o perfil mais compatível com o de uma mulher entre os 20 e 25 anos. Há geralmente uma diferença de 20 anos de idade em cada uma dessas combinações.

É importante ressaltar, no entanto, que nas questões que tratamos acima, estamos falando de uma média. É claro que há homens que não possuem um sex drive tão intenso quanto a maioria dos outros homens, e que há mulheres com um impulso sexual tão intenso quanto o dos homens. Embora não só algumas ativistas, como até mesmo pesquisadoras e acadêmicas contestem a linha de argumentação que apresentamos, ela fornece uma explicação coerente, baseada em dados científicos, para as diferenças sexuais que observamos no dia-a-dia. E ajudaria a explicar também uma velha questão que gostaríamos de deixar para uma próxima postagem: se o impulso sexual de homens e mulheres fosse mesmo compatível, qual a necessidade de os homens procurarem as prostitutas?

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